A minha primeira experiência com o japonês

Hahahaha.. essa história é engraçada.

Eu já frequento restaurante japonês desde pequeno. Meus pais queriam comer comida japonesa e acabavam me rebocando junto, e eu me lambuzava com os rolinhos primavera (que aqui também são de frango com catupiry).

Até que após anos comendo sempre o mesmo harumaki e às vezes o yakisoba (não curto muito por causa do repolho e do brócolis), finalmente chegou o dia em que resolvi provar o tal do peixe cru.

Felipe (meu melhor amigo) que é todo gourmetizado já andava me perturbando há algum tempo para experimentar dizendo que era uma maravilha, muito gostoso e blá blá blá. Me enchia com aquele discurso chato que a gente ouve direto dos pais, “não pode dizer que não gosta, antes de provar”.

Então, na última vez em que meus pais decidiram ir no sábado à noite jantar no japonês, eu fui tomado de coragem. Sentamos em uma mesa para quatro: eu, ao lado do meu pai e de frente para a Pestinha, que estava ao lado da minha mãe. Não resisti e pedi o rolinho delicioso (sou viciado naquilo lá, com o molhinho agridoce) e enquanto eu saboreava uma comida frita, crocante, quentinha e maravilhosa, chegou a barca pedida. Como eu disse que comeria também, meus pais pediram um combinado maior do que geralmente comiam, pois seria para 4 pessoas (a Pestinha já come peixe cru desde pequena…Parece um tubarão com a boca cheia de dentes).

Todo mundo começou a se servir e eu lá estático. Não demorou para meu pai me cobrar.

Anda, experimenta! Você disse que ia comer, agora come!

Sentindo que se eu não comesse, “ouviria muito”, assim que chegasse em casa, peguei os tais pauzinhos e tentei pescar um peixe. Nada de conseguir (eu era expert em comer com as mãos), mas aquilo lá pedia um treinamento intenso de ao menos uma semana antes. E aí, foi que aconteceu a maldade.

Toma, prova esse aqui… – disse a Pestinha, querendo fazer sujeira comigo (não posso falar palavrão, né?!) e colocou no meu prato uma fatia de sashimi – para quem não conhece é o peixe cruzinho, recém-mortinho.

Eu, me sentindo desafiado e sem querer arregar para minha querida irmã, enfiei a fatia todinha na boca sem nem molhar no shoyu. Comecei a mastigar aquela coisa fria e molenga e foi me dando um negócio. Fui sentindo que se não fizesse algo urgente o rolinho de frango com catupiry ia voltar para dar um “oi” para galera toda da mesa.

Assim, em um ato de desespero cuspi aquela massa mastigada de peixe cru com tanta força que ela voou, atravessou a mesa e pousou no topo da cabeça da Pestinha. Bem no cabelo perfeito dela.

Vocês conseguem imaginar a cena?

Pessoal, a Pestinha deu um salto da cadeira e saiu berrando para o banheiro com a minha mãe correndo atrás. E eu fiquei ali sentado, quietinho, quase sem respirar e sem olhar para o lado, porque havia a possibilidade de que o olhar do meu pai me fizesse cair durinho lá mesmo (pais sabem avisar, “Vou matar você quando chegarmos em casa”, só com o olhar).

Mas para ser sincero, valeu à pena a bronca. Bem feito para ela!! Foi a custo de muito xampu que ela conseguiu tirar o cheiro de peixe do cabelo. Hahahahahaha… Levou, tomou! 😆😆

Agora, traumatizado pela experiência vou demorar um tempão para querer provar de novo.

E vocês, já tiveram alguma situação parecida? Divide aí nos comentários!!!

12 comentários sobre “A minha primeira experiência com o japonês

  1. Leandro

    Kkkk, nunca tive vontade e nem vou ter de comer aquele peixe cru, e também, meu maior inimigo, aqueles pauzinhos, ou melhor, hashi, eu não consigo pegar nada com aquilo, toda vez que como comida japonesa, peço logo para o garçom por o elástico

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