O fantasma da casa ao lado

Nesta postagem resolvi falar mais sobre meu melhor amigo, o Felipe. Vocês devem estar se perguntando o que um fantasma teria a ver com isso, mas eu vou chegar lá.

Nós nos conhecemos no maternal. O Felipe sempre foi mais mirradinho e sempre teve um ímã para valentões. Todos os dias, um moleque mais forte, do tipo parrudo, cismava com ele. Sempre o mesmo menino. Como eram muitas crianças correndo e berrando ao mesmo tempo (o que deixa qualquer um doido), os monitores não davam conta de perceber tudo o que acontecia ao redor, então não viam o que eu via. Testemunhei o tal menino o beliscando escondido, colocando o pé na frente para que ele caísse, pegando para si o bolinho Ana Maria que ele levava e lhe dando cascudo. Até que um dia não suportei mais. Me enchi de coragem e acertei o brutamontes com a lancheira do meu herói favorito – O Exterminador. Amassei o bico da lancheira, dei a ele um tremendo galo e estreei no cantinho do pensamento, mas foi lindo!

Desde aquele dia, Felipe e eu viramos “irmãos”. Temos gostos parecidos, curtimos as mesmas coisas, a idade é a mesma e, por sorte nossa, a mãe dele se mudou para a casa ao lado da minha depois que se separou do seu pai.

Só que quase todo mundo depois que se separa sofre ou curte o tempo de solteiro (dependendo de quem quis terminar, né?) e depois inicia os planos para fazer a fila andar. E foi o que aconteceu com a tia Mirna (mãe do Felipe). Não demorou muito para a tia arranjar alguns encontros e levar o crush para jantar em casa.

Toda vez que ela marcava um jantar para apresentar o quase-namorado aos filhos, o Felipe encenava a cena dos fantasmas – no meio da refeição ele arregalava os olhos, apontava para a cadeira onde o visitante se sentava e começava a fazer uns sons estranhos, umas caretas, a fingir falar uma língua desconhecida e depois de alguns leves tremeliques, com uma voz solene dizia ver uma senhora, muito, muito irritada, que amaldiçoaria o casal se insistissem no futuro namoro. O truque sempre dava certo e o coitado do pretendente não voltava nunca mais, pois todo mundo tem um parente que já morreu e a maioria das pessoas tem medo de fantasmas/espíritos (ah, gente, eu também tenho e nunca deixo os pés para fora da cama na hora de dormir).

Na verdade, Felipe fazia isso pois tinha esperanças de que os pais voltassem a ficar juntos.

O truque dele foi sendo feito com resultados satisfatórios até que um dia as coisas não saíram como esperadas, e por brincar com coisas desconhecidas, ele acabou arranjando uma indesejável companhia (se é que vocês me entendem!?). Mas essa parte da história (e o que fizemos para resolver o problema) é muito longa e eu já escrevi demais.

Então pessoal, meu conselho é para que não tentem impedir o namoro dos seus pais com outras pessoas, brincando com o sobrenatural, porque não dá certo!!!! 😉

Gostaram do post? Comentem aí!!

P.S.1: a foto do post é do Jogo Ghost Theory. Um jogo de terror que eu estou afinzão de jogar.

P.S.2: A gente sofre com a separação dos pais, mas se eles não estão mais felizes juntos e se o casamento não dá mais certo, é melhor para todo mundo que se separem. Ninguém curte viver em uma casa cheia de discussões. E você ainda vai ter o melhor dos dois mundos, com pai e mãe querendo 100% agradar.

P.S.3: Estou pensando em arriscar e aplicar o mesmo truque aqui em casa para dar uns sustos na Pestinha. Hahahahahaha.. a cara dela valeria qualquer castigo! 😝😝😝

11 comentários sobre “O fantasma da casa ao lado

  1. Barbara Artagao

    Max, gostei de ver que você defende seus amigos. ‘R preciso coragem para encarar os valentões! E Felipe é um barato… já vi que ele vai fazer de tudo para a mae não arranjar um namorado…

    Curtir

Deixe um comentário