Depilar ou não, eis a questão!

Oi pessoal, tudo bem com vocês? Então, hoje eu trago uma questão tão complexa, tão complicada, que precisei procurar no Yahoo! Respostas (grande guru da internet!).

Acho que já comentei aqui no blog que Felipe e eu temos 12 anos. Somos pré-adolescentes e a puberdade está em pleno vapor! Pois uma das suas consequências é o crescimento de um infame bigodinho, aquela penugem fina, que parece pelo de rato e que dá um aspecto meio brega ao visu.

Primeiramente cresceu nele, e como continuei “lisinho”, “pele de bebê”, eu estava crente que me livraria da “maldição do buço juvenil”. Me enganei completamente! Há alguns meses, acordei e levei aquele susto quando me dei conta que a maldição também tinha me atingido. Cheguei a pensar em me trancar no quarto até resolver a questão, mas minha mãe não deixou. Para piorar, a Pestinha começou a me chamar de “Seu Madruga” e “filhote de leão marinho” e ainda gravou um vídeo em seu canal sobre o tema só para implicar. 😒😒😒

Então ontem depois de muito pensar, de inúmeras consultas ao “guru” e de testar com um esparadrapo no pulso, Felipe e eu tomamos coragem e resolvemos ir a um salão de beleza para depilar.

Encostamos no balcão da recepção e eu que sou mais desavergonhado falei para a recepcionista que estávamos ali para a depilação.

Hã? Menino, você poderia falar mais alto? Não escutei nadinha do que disse.

Repeti a frase, na minha opinião, em uma altura de voz totalmente audível e a moça surda continuou sem escutar.

Não estou entendendo… Fala mais alto, por favor!

Irritado com aquela exposição toda (as tias que estavam lá fazendo a unha ou passando chapinha já olhavam para nós dois com curiosidade), peguei um guardanapo que Felipe carregava para assoar o nariz e uma caneta largada no balcão e escrevi um micro cartaz onde se lia “Viemos depilar”.

A recepcionista surda nos conduziu a uma salinha onde tinha uma espécie de maca, mas antes precisamos passar por uma antessala, que mais parecia um corredor polonês, cheio de mulheres e garotas, rindo, nos apontando e fazendo comentários do tipo “que gracinhas”, “cute-cute”, e “sei lá-mais-o-que”, porque eu tentei abstrair para diminuir o trauma.

Na sala da depilação fomos recebidos por uma senhora rechonchuda, de luvas brancas e com aquela máscara do Michael Jackson. Em uma mesa havia uma panelinha de metal, tipo um minicaldeirão e nas paredes algumas fotos e quadros, inclusive sugerindo desenhos, como esse da foto aí embaixo.

E aí, quem será o primeiro? – ela logo perguntou.

Felipe e eu nos encaramos. Nenhum de nós queria ir na frente. O mais justo seria tirar na sorte, e eu perdi. Sentindo o suor escorrer pela nuca fui até a tal maca e deitei na posição que a tia depiladora me mandou.

Olha, preciso que você fique quietinho, tá!? Depois que eu colocar a cera não tem outro jeito de tirar a não ser puxando. Podemos continuar?

O corajosão aqui respondeu que sim. Fechei os olhos e disfarçadamente agarrei cada lado da maca. E então, senti um negócio morninho, gostoso e macio no local. Até que não era tão ruim. A sensação boa durou pouco… Quando eu havia acabado de relaxar, a tia depiladora deu um puxão rápido e vigoroso. Foi tão forte que parecia que o meu couro tinha saído junto com o bigodinho. Lágrimas vieram aos olhos e segurei o grito por dois motivos: não queria que a mulherada lá fora achasse que eu era frouxo e o Felipe não podia desistir.

“Nossasinhora”! Não sabia que tirar pelinho assim queimava, ardia e doía tanto! 😳😳😳

Felipe passou pela mesma tortura e saímos os dois pela rua, maldizendo a pré-adolescência e prometendo que nunca mais passaríamos por isso… Seria melhor que cultivássemos um “Rony Gamos” embaixo do nariz.

E vocês, já passaram por alguma situação parecida?

P.S.1: Tirinha mostrando como os heróis fazem a barba, da Dragonarte.com.br .. muito boa!! 😝

P.S.2: foto que a tia depiladora tinha pendurada na sua salinha da tortura e que localizei na internet.

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