Acampamento dos horrores

Pessoal, hoje eu vou contar sobre a minha aventura de ontem.

Felipe e eu resolvemos acampar. Como estamos de férias há quase 2 meses, e já vi quase todos os episódios de Naruto, todos os episódios de TWD e Supernatural, já zerei vários games, joguei futebol, fui ao cinema, passeei no shopping, fui ao clube e aturei a Pestinha e até faxina eu já fiz, procurei algo que ainda não havia feito e assim, tive a brilhante ideia de me embrenhar no mato com uma barraca.

Convoquei Felipe, meu melhor amigo perfeccionista e meticuloso, para a jornada. Ele tem uma barraca tipo iglu. Eu só não avisei a ele que a minha ideia envolvia acamparmos de um jeito mais natural, integrados à natureza. Nada de acampamento nutella!

Na verdade é tudo motivado pelo meu plano de me preparar cada vez mais para um mundo apocalíptico. Se íamos acampar, tinha que ser estilo Largados e Pelados e Bear Gryllis. Mas se eu contasse ao Felipe como eu planejava o acampamento ele não iria mais. Então deixei para comentar quando já estivéssemos no local. 😬😬

Na minha cidade existe um bosque ideal para essa atividade. Nos encontramos na hora marcada. Eu levava um canivete e uma lanterna; ele, uma mochila enorme (cabia a Pestinha ou a avó dele lá dentro). 😳

Entramos no bosque, obviamente marcando o lugar por onde passávamos (para a volta), e escolhemos o ponto ideal. Meu melhor amigo imediatamente começou a armar a barraca iglu. Só que ele também não tinha muita experiência na armação de barracas e para quem não sabe, é uma dificuldade só (se fosse matéria no Enem, um monte de gente “zerava”). Como a minha intenção não era usar o iglu, acabei não fazendo esforço em ajudar e a barraca ficou toda troncha. Isso deixou Felipe superirritado, já que ele gosta de tudo perfeito.

-Pô, ficou uma droga… Também você nem para ajudar direito, né, Max!?

-Cara, vamos aproveitar e acampar direto na mata. A gente precisa estar treinado.

-Para quê? – perguntou.

-Para o fim da existência da sociedade organizada, guerra civil e apocalipse – respondi.

-“Cê” tá louco?!

-Vai por mim que eu vou garantir a sua sobrevivência nesse novo mundo obscuro e cruel. Totalmente raiz!

Ele fechou a cara e começou a esvaziar a mochila. Tirou panela, fogareiro, repelente, bússola, celular, lanterna, bateria, walkie-talkie, colchonete e latas de comida. E aí, para não estragar o meu planejamento tive que avisar que acenderíamos o fogo com pedrinhas; dormiríamos no chão, cobertos por folhas de bananeira; comeríamos frutinhas ou larvas e, nada de repelente industrializado, procuraríamos algo para passar, tipo lama, que quando endurecesse cobriria a pele com uma camada impenetrável para o mosquito.

Ele ficou mais zangado e gritou que se precisasse de tudo isso para sobreviver a um cataclismo mundial, que preferiria morrer logo, e usaria sim as coisas que havia levado senão, iria embora. Fazer o quê? Eu querendo salvar o meu amigo e ele não aceitando a minha ajuda. Tive que testar minhas habilidades sozinho. 😒😒

Enquanto o Felipe esquentava a sua comida e lia um livro sentado na entrada da barraca, eu já tinha ficado só de sunga, me besuntado todo de uma lama fedorenta e tentava armar a minha tenda natural. Eu havia pego umas dicas no blog Camping Selvagem (imagem abaixo), mas não me saí muito bem na tarefa – não ficou nada parecido e só não tirei foto para mostrar para vocês como realmente ficou porque não levei meu celular e não quis dar o braço a torcer e pedir o do Felipe emprestado.

Além disso, minha barriga começava a roncar. Então, precisei sair em busca das frutinhas ou larvas brancas e gordas que o Bear Gryllis quase sempre procurava nessas situações. Não achei nada e voltei para o acampamento morto de fome. Felipe comia umas salsichas tipo viena que estavam parecendo apetitosas, mas eu me recusei a pedir.

Resolvi, então, poupar energia e deitar um pouco. Vai que a fome diminuísse. Depois de uns quinze minutos deitado, comecei a sentir umas picadas. Como assim? A lama fedorenta não me protegeu? Quando fui ver, eu havia deitado próximo a um formigueiro e as formigas estavam em polvorosa com a minha presença. Levantei pulando e me sacudindo todo. Tinha formiga até no meu cabelo! 😣😣

E aí, um milagre, uma obra de Deus aconteceu. Começou uma tempestade daquelas! A barraca do Felipe não aguentaria a ventania e chuva forte. Ele saiu rapidamente de dentro dela, apertou um negócio lá e a dita cuja desarmou em minutos. Logo em seguida, o Felipe recolheu todas as suas coisas, guardou-as na mochila e me convocou para irmos embora.

🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻

Poxa, que chato.. Eu nem queria ir embora! 😉😬😄

Percebi que precisarei treinar mais vezes. Alguém se habilita a ir comigo?!

18 comentários sobre “Acampamento dos horrores

  1. No caso de um apocalipse zumbi, eu e meu irmão já temos experiência o suficiente para garantir um tempinho até achar um lugar seguro. Já que ele vê muito essas séries de sobrevivência, temos garantido a comida, o abrigo e o fogo. Eu, que assisto muitos seriados de zumbis, já ocupo a parte da proteção e das armas (armas brancas). Com isso sobreviveríamos um tempinho.

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  2. Barbara Artagao

    Será que a avó de Max e a de Felipe também vão virar comida de Zumbi? Kkkk
    Eu acho qualquer acampamento um festival de horrores… a não ser que a tenda tenha ar condicionado, geladeira e Wi-Fi….😂😂😂

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