Ô abre alas, que eu quero passar

Hoje, aqui na minha cidade começa o carnaval!

Eu já gostei muito de carnaval quando era pequeno e ia ao bailinho infantil. Não pela música, mas pela bagunça. Como eu contei na postagem “A saga do Super-herói”, minha mãe sempre me fantasiava. Me empolgava usar uma roupa diferente e poder virar um personagem. Mas, o ponto alto era a “guerra de confete”. Eu curtia encher a mão de serpentina e confete, tacar nos outros e sair correndo. Voltava com eles até na cueca! 😜

Os anos foram passando e o bailinho infantil deixou de ser o meu espaço. Na verdade, eu estou naquela idade em que não me encaixo mais nessa comemoração e nem nos blocos de rua, onde tem gente bem mais velha. Sinceramente, eu escuto tanta coisa aqui em casa sobre esses blocos que não tenho vontade de conhecer. Minha mãe conta que no passado, quando era só um bloco ou outro, até era divertido, mas que hoje em dia é uma invasão.

Essa semana, cai na besteira de perguntar se no bloco tinha “guerra de confete”. Ouvi meia hora sobre o que se tornou o Carnaval hoje em dia. Disse que são milhares de pessoas espremidas no mesmo lugar, dançando e se empurrando em cima do xixi (oi?!), bebendo até vomitar e querendo pegar os outros de qualquer jeito. Depois de horas nessa atividade divertida, algumas ficam pelo chão, outras andam mancando ou se arrastando pelas ruas, com as fantasias já rasgadas, mal se aguentando em pé. Imaginei logo uma horda de zumbis. Achei tão parecido!

É mais ou menos parecido com essa tirinha

Essa ideia de apocalipse ficou ainda mais forte ontem, quando minha genitora querida me convocou para ir ao mercado, ajudá-la a carregar as compras. Quando ela encheu o primeiro carrinho até a boca e pegou o segundo, eu não aguentei e perguntei para quê tanta comida.

Max, ninguém vai sair de casa até a próxima quinta-feira. Vamos estocar alimentos e itens de higiene! Só iremos a rua em alguma situação de emergência.

Do jeito que ela colocou as coisas, assim que cheguei em casa preparei minha besta. Vai que eu precisasse dela.

Pelos vistos, a única pessoa corajosa para enfrentar essa situação é a Chica. Eu ouvi Lady Di’ Chica contando para a minha mãe que vai ser madrinha de todos os blocos da cidade. Vai se fantasiar com um biquíni de fita isolante e umas penas de galinha coloridas na cabeça. Vai passar esparadrapo nos dez dedos do pé, porque no ano passado perdeu a unha do dedão de tanto que pisaram nela. 😳

Eu questionei como gostar de algo assim, e ela respondeu, cantando:

Eu quero mais é beijar na boca! Eu quero mais é beijar na boca! Eu quero mais é beijar na boca e ser feliz daqui para frente…

Meus Deus!!! 😱

E vocês, vão curtir o bloco do Netflix, livros, sofá e pipoca, ou vão beijar na boca e dançar no xixi, como a Chica.

P.S1: Tirinha do Carlos Ruas – Um sábado qualquer. Kkkkkkkkk..

P.S.2: Tirinha do blog “Dia do Pagamento”.

P.S.3: Trecho da música da Claudia Leitte.

8 comentários sobre “Ô abre alas, que eu quero passar

  1. Barbara

    Pô! A descrição dos blocos está perfeita. Pensei que em Aroeirinha fosse ainda como o Rio de Janeiro antigamente – blocos super-familia, com marchinhas ótimas e muita diversão. Mas já vi que o “progresso” (isso é gozação!) já chegou à sua cidade…😪

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  2. Netflix, livros, sofá e pipoca definitivamente… O carnaval também começa hoje aqui na minha cidade, sempre com esse misto estranho de festa e apocalipse que você falou. Também não sei como as pessoas gostam disso. Ás vezes acho que sou muito antissocial ou introspectiva, sei lá… Pelo menos teremos um feriado, né?

    Curtido por 1 pessoa

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